ARTE TUMULAR

Existe um tipo de arte que poucas pessoas conhecem, a chamada arte tumular. Deixando-se de lado o preconceito e a superstição, encontraremos nos cemitérios, trabalhos esculpidos em granito, mármore e bronze de artistas famosos. É um verdadeiro acervo escultórico e arquitetônico a céu aberto, guardando os restos mortais de muitas personalidades de nossa história.  Os cemitérios, em várias partes do mundo, abrigam uma infinidade de esculturas e obras arquitetônicas, que sem sombras de dúvidas, representam um museu a céu aberto, onde a morte se torna um grande espetáculo da vida neste lugar de maravilhosas obras de arte e de grande valor histórico e cultural. Através da representação, a simbologia de saudades, amor, tristeza, nobreza, respeito, inocência, s0frimento, dor, reflexão, arrependimento, dá sentido às vidas passadas. No cemitério , a arte tumular é uma forma de cultura preservada no silencio e que não deverá ser temida e sim admirada.
MEMENTO, HOMO, QUÍA PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTERIS.

“Lembra-te, ó homem, de que és pó e ao pó has de voltar.”

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POSTAGEM DE TEMAS

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domingo, 26 de abril de 2009

TUMULO DA FAMILIA DO CRIME DO CASTELINHO DA RUA APA


ARTE TUMULAR
Base tumular em mármore branco retangular em dois níveis, sendo o último angulado onde está gravado em relevo o nome da família. Sobre essa base, uma escrultura, também em mármore branco de uma figura feminina com as vestes em forma de túnica, ajoelhada e com as mãos juntas como se fizesse uma prece, aos pés de uma cruz.
Foto: Simone (Picasaweb)
Descrição tumular: HRubiales


PERSONAGENS
Família REIS

HISTÓRIA DO CRIME DO CASTELINHO DA RUA APA

O CASTELINHO
A casa foi construída entre 1912 e 1917, por um arquiteto francês, trazido diretamente de Paris, para executar a réplica de um castelo medieval francês, com seus vitrais pintados por renomados pintores da época e seus tapetes todos indianos.
Uma escadaria de mármore importado subia para o primeiro andar da mansão.
Pelas características de sua construção, tornou-se imediatamente conhecida como o Castelinho da Rua Apa, situado no nº. 236, esquina com Avenida São João, bairro de Santa Cecília, em São Paulo.
AS VÍTIMAS
Ali morava, Três membros de uma das mais abastadas e tradicionais aristocráticas família paulistana. Dona Maria Cândida Guimarães Reis, de 73 anos – Dona Candinha - dedicada à prática religiosa e viúva há dois meses do médico Vicente César dos Reis e seus dois filhos: Armando César dos Reis, um tipo bastante discreto e pacato, de 43 anos e Álvaro Reis desportista, de 45 anos, sempre cercado de belas mulheres, playboy excêntrico, arrojado e boêmio, com manias de patinar pela Avenida São João inteira e de fazer malabarismos em cima de uma motocicleta, a primeira que apareceu na Paulicéia, além de viver se exibindo para as mulheres da alta sociedade local.
Apesar de ambos haverem se formado advogados no mesmo dia pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco, eram tipos completamente diferentes como normalmente acontece com irmãos
O CRIME
No dia 12 de maio de 1937, os três foram encontrados mortos a tiros por uma empregada que morava numa casa anexa ao castelinho e foi atraída para o imóvel principal pelo barulho dos disparos. Uma pistola automática Parabellum, calibre 9 milímetros, foi encontrada ao lado dos corpos dos dois irmãos. Até hoje, passados 72 anos, o caso, que ficou conhecido como "O Crime do Castelinho da Rua Apa", permanece misterioso. Teria sido um duplo homicídio seguido de suicídio ou um triplo homicídio? A Polícia Técnica e os legistas do Serviço Médico-Legal de São Paulo apresentaram laudos contraditórios sobre a autoria dos crimes. A Polícia Técnica apontou Álvaro Cézar dos Reis, o filho mais velho de "dona Candinha" como o autor dos crimes. Segundo os peritos, Álvaro teria assassinado a mãe e o irmão Armando Reis e depois se suicidado com dois tiros no coração. Os médicos-legistas disseram o contrário: o autor seria Armando Reis, o filho mais novo de "Dona Candinha". Ele é que teria assassinado a mãe, o irmão e depois se matado. Para comprovar, afirmaram ter encontrado resíduo de pólvora na mão dele, indicando que Armando manuseou a arma. A polícia encampou a interpretação dos peritos. Dois dias depois do encontro dos corpos, os policiais afirmaram que o caso estava esclarecido e que Álvaro Reis era o autor dos crimes.
O MOTIVO
Álvaro era considerado meio irresponsável, e aventureiro e estaria tentando construir um rinque de patinação em São Paulo, numa área onde funcionava o Cine Teatro Broadway, pertencente a eles, na Avenida São João, 566 - em frente ao Cine Ritz . Armando seria contra o empreendimento que poderia trazer prejuízos para os bens da família. Por isso os dois irmãos viviam discutindo, inclusive publicamente. Esse é o motivo alegado pela polícia.
Fonte:redeglobo.globo.com/linhadireta
Formatação e pesquisa: HRubiales

Um comentário:

Anônimo disse...

Como localizar esse túmulo no cemitério? Queria visitá-lo