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CEMITÉRIO SÃO PAULO
São Paulo, Brasil
ARTE TUMULAR
Conjunto escultórico , em mármore bronze. Sobre uma base tumular de mármore negro, com a inscrição “ÚLTIMO ADEUS” esculpida na base, ergue-se uma escultura em bronze em tamanho natural. Retrata o delicado e profundo beijo de um casal deitado. O homem apresenta-se nu, enquanto a mulher com uma veste fina. Datada da metade da segunda metade do século XX, trata-se de uma obra em que por meio dessa expressão de carinho, materialização da intimidade entre o casal, e do tratamento visivelmente apaixonado da figura masculina com relação à feminina. Pode-se dizer que a essência da escultura traduz o sentido da eternidade de um momento, o amor. A obra trata da relação de oposição entre a vida e a morte, sendo a vida representada pela escultura e a morte, pela laje tumular que a sustenta. O túmulo foi construído como se fosse um altar, pois para se chegar próximo à escultura, deve-se subir três degraus que a cercam. Desse modo, ao subir os degraus, tem-se uma aproximação da vida, representada pela escultura, por sua realidade, sensualidade e o beijo. A figurativização da obra traduz a idéia de transcendência , invocando o sentido de perenidade do sentimento amoroso, a medida em que este ultrapassa a transitoriedade da vida. O interessante é que ao distanciar-se, descendo os degraus, mantendo-se o plano do solo, parece que se desce do céu, do absoluto e aproxima-se da terra, do efêmero e, portanto da morte. `´E o que o artista quis transmitir nesse magnífico trabalho.
TÍTULO: Último Adeus
AUTOR:Alfredo Oliani (São Paulo, 1906-São Paulo ,1988)
Alfredo Oliani, filho de italianos, nascido em São Paulo, em 1906, e aqui falecido em 1988, tinha como características de suas obras, várias das quais localizadas ali no Cemitério São Paulo, a sensualidade e a beleza femininas e o nu, como neste conjunto do sepulcro dos Cantarella. Estudara aqui mesmo, na Academia de Belas-Artes de São Paulo, com Nicola Rollo, que também deixou nos cemitérios paulistanos obras emblemáticas, como Orfeu e Eurídice, no Cemitério da Consolação, a celebração da imortalidade do amor do casal mítico.Foi aluno, ainda, de Amadeu Zani, autor do Monumento á Fundação de São Paulo, no Pátio do Colégio, e do conjunto escultórico em memória de Giuseppe Verdi, no Vale do Anhangabaú. Na Itália, na Academia de Belas-Artes de Florença, estudou com Giuseppe Grazziosi, fotógrafo, pintor e escultor, que recebera influencias de Rodin..
TUMULO: Antonio Cantarella
LOCAL:A direita de quem entra pelo portão principal.
FONTE: Denise Crispim de Souza e José de Souza Martins
FOTOS: Wikipédia e Debora Atuy
Formatação, pesquisa e descrição tumular:HRubiales
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