ARTE TUMULAR

Existe um tipo de arte que poucas pessoas conhecem, a chamada arte tumular. Deixando-se de lado o preconceito e a superstição, encontraremos nos cemitérios, trabalhos esculpidos em granito, mármore e bronze de artistas famosos. É um verdadeiro acervo escultórico e arquitetônico a céu aberto, guardando os restos mortais de muitas personalidades de nossa história.  Os cemitérios, em várias partes do mundo, abrigam uma infinidade de esculturas e obras arquitetônicas, que sem sombras de dúvidas, representam um museu a céu aberto, onde a morte se torna um grande espetáculo da vida neste lugar de maravilhosas obras de arte e de grande valor histórico e cultural. Através da representação, a simbologia de saudades, amor, tristeza, nobreza, respeito, inocência, s0frimento, dor, reflexão, arrependimento, dá sentido às vidas passadas. No cemitério , a arte tumular é uma forma de cultura preservada no silencio e que não deverá ser temida e sim admirada.
MEMENTO, HOMO, QUÍA PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTERIS.

“Lembra-te, ó homem, de que és pó e ao pó has de voltar.”

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quinta-feira, 7 de junho de 2012

NAVIO IMAGINÁRIO - 029 - Cemitério da Consolação, São Paulo, Brasil














ARTE TUMULAR
Ousado conjunto escultórico em granito marrom polido e estatuário em bronze em estilo art-nouveau. Sobre a base retangular de granito, um navio imaginário flutua no espaço. Figuras femininas jovens, seminuas, com os seios expostos, apenas com uma túnica fina, colada ao corpo, representam almas ondulantes projetando-se num espaço em movimento, em várias posições, como se procurassem ou tentassem agarrar algo. Varias outras figuras femininas circundando os dois lados do tumulo. Flores aparecem no casco do navio, simbolizando a pureza. Do lado direito do túmulo, uma mulher segurando pelos braços uma criança representa a família, retratando a viuvez e a orfandade. Do lado esquerdo, outras esculturas femininas representando a caridade, o amparo e a pobreza. Na parte posterior um magnífico portal em bronze maciço com um relevo de um anjo. De cada lado do portal, um anjo, cada um com o braço erguido, seguram juntos uma pira em chamas, representando a glória. Em destaque, encimando o conjunto, sobre uma base de granito representando um esquife, uma figura feminina, na exuberância da sua jovialidade, aparece quase deitada, mantendo o cotovelo apoiado sobre o granito, enquanto a sua mão apóia o rosto, parecendo contemplar o infinito, representando a saudades. Na parte frontal inferior, dentro de um nicho circular, o busto em bronze do empresário, com um livro na mão, representando o professorado.
Nota-se neste trabalho que o autor recebeu influencias de Augusto Rodin, a mais alta expressão da estatuária do século XIX, dando um acabamento mais aprimorado ao rosto e as mãos de suas figuras, permanecendo o corpo como inacabado. É importante destacar que quase não aparece emendas nas esculturas.
Túmulo: Ricardo Nami Jafet (São Paulo, 26 de novembro de 1907- Cleveland,Ohaio,USA,19 de março de 1958
Título da obra: Navio imaginário
Autor: Materno Garibaldi
Local: Cemitério da Consolação, São Paulo, Brasil
Rua 37, terreno 11 e 12
Fotos: Artexplorer, Skyscrapercity.com, Sergio TS
Descrição Tumular:Helio Rubiales
Formatação e pesquisa: Helio Rubiales

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